14 Jan A questão do isolamento térmico nos edifícios LSF
Algumas pessoas questionam-se quanto à inércia térmica de um edifício com estrutura LSF, já que as paredes exteriores não são constituídas por elementos de grande massa. Dessa forma, a energia a fornecer para o aquecimento da casa dissipa-se mais rapidamente. Assim, esse facto parece contrariar a ideia de que será necessário menos energia para tornar o ambiente confortável.
As construções comuns em Portugal contam com a inércia térmica para garantir o conforto interno. Esse não é o caso das construções LSF, cuja inércia é fraca.
A vantagem da inércia forte é a retenção de energia. Em contraste, a vantagem da inércia fraca é a baixa condutibilidade térmica dos materiais usados e a ausência de pontes térmicas. Assim, imagine que temos uma sala com 80 m3 de ar:
- No caso da inércia forte, ao ligar o ar condicionado, estaremos a aquecer ou arrefecer o volume de ar e também as respetivas paredes, laje e teto. Todas essas superfícies absorvem energia e, eventualmente, a devolvem ao ambiente quando a temperatura interna é alterada. Essa devolução é feita de forma lenta.
- No caso da inércia fraca, não ocorre a devolução acima, mas também não ocorre a absorção energética inicial visto que os materiais são de baixa condutibilidade térmica. Isto é, ao ligarmos o ar condicionado, aquecemos ou arrefecemos apenas os referidos 80 m3 de ar, poupando energia e alcançando a temperatura de conforto mais rapidamente.
Portanto, uma casa LSF é mais quente ou mais fria? Aquece ou arrefece melhor o ar? Nem uma coisa nem outra, apenas mantém a temperatura interna uniforme durante mais tempo, poupando energia.
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